quinta-feira, 17 de junho de 2021

Carlos Wizard não comparece, e CPI pede apreensão de passaporte mesmo empresário informando que está nos EUA desde abril

 

FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

O empresário Carlos Wizard não compareceu à sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (17), no Senado, para a qual havia sido convocado. Já o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), Alexandre Silva Marques, também chamado para a sessão desta quinta, foi dispensado e terá o depoimento remarcado.

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-MA), decidiu encerrar a sessão para que os senadores possam participar da votação da Medida Provisória que permite a privatização da Eletrobras.

Wizard foi convocado por suspeita de integrar um gabinete paralelo para aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro e decisões relativas à covid-19. O grupo teria, entre outras coisas, promovido a adoção de remédios sem eficácia contra a doença como forma de tratamento precoce.

Já Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, servidor do TCU, é suspeito de produzir um relatório falso apontando uma “supernotificação” de mortes por covid-19 no país e incluí-lo no sistema do Tribunal de Contas. O documento foi citado por Bolsonaro em encontro com apoiadores. Marques foi afastado por 60 dias para que o caso seja apurado.

Os dois conseguiram no STF (Supremo Tribunal Federal) na noite desta quarta-feira (16) habeas corpus que dá o direito de ficarem calados, caso compareçam. A decisão, porém, não autorizou os convocados a faltarem a sessão. No caso de Wizard, o ministro Luís Roberto Barroso determinou que o Senado poderia determinar como seria o depoimento, se presencial ou eventualmente por meio virtual, conforme solicitou o empresário. Wizard alega estar nos Estados Unidos desde abril.

A comissão já rejeitou anteriormente um pedido para um depoimento virtual. O presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), ameaçou determinar a condução coercitiva de Wizard.

Já o auditor Alexandre Marques pediu que o servidor tenha o direito de permanecer em silêncio ao ser questionado pelos senadores. O que foi autorizado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.

Quebra de sigilo

A ministra Rosa Weber, do STF, manteve nesta quarta-feira a quebra de sigilo do empresário Carlos Wizard. O pedido da quebra do sigilos telefônico e telemático foi aprovada pela CPI da Covid também na quarta. A defesa do empresário questionou a transferência, mas foi negada pela ministra do STF.

R7

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